segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Agua mole em pedra dura tanto bate até que fura

É mesmo verdade este ditado, sabiam?

Pois é, na passada sexta-feira, dia 14 de Agosto, fui surpreendido por um sms do Toni a dizer que já navegava e a convidar-me para um mergulho no dia seguinte.

Volvido tanto tempo nem queria acreditar, mas aconteceu, fui ao mar com o Nita e o Toni e vários mergulhadores da velha guarda da Escosub.

Mais novas? O Mário era o homem do leme......

Base de partida? Vila Nova de Arousa, um vila bem agradável e um dia bem passado.

O mar estava escurinho e muito frio....brrrr...

Vejam as fotos

Raul Cunha







































terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Ilhéu de Vila Franca do Campo

Vista aérea do lhéu

Eis-me regressado dos Açores, mais concretamente de Vila Franca do Campo, na Ilha S.Miguel. Este ano foram 4 semanas! Brrr já estou com saudades...

Mergulhos? Ia com com ideias de fazer pelo menos uns 40, 2 por dia nos primeiros quinze dias e uns 10 nas duas semanas seguintes, estas últimas já sem a Marilia, mas na companhia dos meus três filhos.

Contudo, fiquei-me pelos 19, menos 6 do que em 2008. A Marilia fez 9. O tempo não ajudou na primeira quinzena e também comecei a fazer contas aos gastos. Aliás, estes demoveram-me de voltar este ano às Formigas e ao Dollabarat. Porém, o “preço” pago foi alto, pois os felizardos que foram tiveram um encontro com um tubarão baleia.

Mas pior do que o tempo incerto, foi o facto da minha 2º máquina Intova IC 500 ter ido à vida, isto logo no 2ºmergulho, pelo que fiquei com pouquissimos registos fotográficos e vídeos. Serviu de lição, basta de material foleiro, vou mesmo comprar uma máquina a sério. Esperem para ver!

Qualidade dos mergulhos? Bem, 4 semanas no mesmo local parecem dissipar dúvidas sobre o tema. Traços gerais, uma azul fabuloso (mesmo após uma chuvada e um mar tempestuoso), visibilidades estrondosas e, claro, biodiversidade. Pode-se ver de tudo, mas é quase certo, que no mais simples dos mergulhos, vamos encontrar Lírios, Enxaréus, Meros, Anchovas, Barracudas, Raias, Ratões, Moreias, Vejas, etc, etc.

A somar a tudo isto, há a simpatia da população local, as amizades feitas ao longo destes últimos anos, nomeadamente com o Carlos Paulos e toda a equipa do Espírito Azul, com o Srº Adelino, mergulhador da velha guarda, grande caçador submarino e dono da famosas Queijadas da Vila.

Um dia destes estendo-me em considerações sobre os locais de mergulho que conheci. Hoje, porém, quero falar-vos do Ilhéu de Vila Franca e partilhar convosco um video que fiz com a máquina da minha filha Maria, um aparelhómetro que só deve descer até aos 15 metros, mas que salvou a honra do convento.

O ilhéu é uma pequena ilha vulcânica, classficada como Reserva Natural, sita a cerca de 500 metros da costa frente a Vila Franca do Campo. Revestida por vegetação endémica, o interior do ilhéu é uma piscina natural em forma de círculo, que comunica com o mar por uma entrada virada a Norte.

Trata-se, talvez, do maior atractivo natural do concelho, existindo um serviço regular de barco entre a Vila e o Ilhéu. O número de visitas diárias está limitado a 400 pessoas.

O local é excelente para fazer snorkel. As águas são calmas e muito limpas e cheias de vida: Vejas, Sargos, Salemas, Peixes balão, Polvos, Bodiões, Rascassos, Taínhas, Plombetas, Lírios, sei lá quantas espécies mais.

Foi no ilhéu que convenci a Marilia a tirar o curso de mergulho e que fiz os meus filhos alucinar. Num desses mergulhos, quando contemplava salemas e outros peixes junto a uma das golas da ilha, fui alertado aos berros pelos meus filhos.

Um imenso cardume de Lírios passava nas nossas costas a uma profundidade de pouco mais de um metro !!!!. Eram enormes, havia bichos com metro e meio, pelo menos. Não vi tão grandes nos mergulhos que fiz com escafandro.

O Manel desistiu com o frio, mas eu e o Afonso seguimos os Lírios até à parte mais funda do ilhéu (3 / 4 metros) e fomos rodeados pelos mesmos.

Horas mais tarde, numa segunda saída, voltamos a ver o cardume junto a uma das golas do ilhéu, local onde se faz sentir habitualmente uma forte corrente, que nos suga para dentro do buraco.

As golas têm ligação com o exterior do ilhéu, sendo possível fazer a travessia. Trata-se de verdadeiro “cave diving”, de elevado grau de dificuldade pelas fortes correntes e a reduzida largura dos canais.

Mas vejam o filme e, claro, logo que possam, vão aos Açores.

Um abraço a todos

Raul Cunha

Eu no curso de P1 1996

Eu no curso de P1  1996
Quinta da Gruta (Maia) 1996