Vista aérea do lhéu
Eis-me regressado dos Açores, mais concretamente de Vila Franca do Campo, na Ilha S.Miguel. Este ano foram 4 semanas! Brrr já estou com saudades...
Mergulhos? Ia com com ideias de fazer pelo menos uns 40, 2 por dia nos primeiros quinze dias e uns 10 nas duas semanas seguintes, estas últimas já sem a Marilia, mas na companhia dos meus três filhos.
Contudo, fiquei-me pelos 19, menos 6 do que em 2008. A Marilia fez 9. O tempo não ajudou na primeira quinzena e também comecei a fazer contas aos gastos. Aliás, estes demoveram-me de voltar este ano às Formigas e ao Dollabarat. Porém, o “preço” pago foi alto, pois os felizardos que foram tiveram um encontro com um tubarão baleia.
Mas pior do que o tempo incerto, foi o facto da minha 2º máquina Intova IC 500 ter ido à vida, isto logo no 2ºmergulho, pelo que fiquei com pouquissimos registos fotográficos e vídeos. Serviu de lição, basta de material foleiro, vou mesmo comprar uma máquina a sério. Esperem para ver!
Qualidade dos mergulhos? Bem, 4 semanas no mesmo local parecem dissipar dúvidas sobre o tema. Traços gerais, uma azul fabuloso (mesmo após uma chuvada e um mar tempestuoso), visibilidades estrondosas e, claro, biodiversidade. Pode-se ver de tudo, mas é quase certo, que no mais simples dos mergulhos, vamos encontrar Lírios, Enxaréus, Meros, Anchovas, Barracudas, Raias, Ratões, Moreias, Vejas, etc, etc.
A somar a tudo isto, há a simpatia da população local, as amizades feitas ao longo destes últimos anos, nomeadamente com o Carlos Paulos e toda a equipa do Espírito Azul, com o Srº Adelino, mergulhador da velha guarda, grande caçador submarino e dono da famosas Queijadas da Vila.
Um dia destes estendo-me em considerações sobre os locais de mergulho que conheci. Hoje, porém, quero falar-vos do Ilhéu de Vila Franca e partilhar convosco um video que fiz com a máquina da minha filha Maria, um aparelhómetro que só deve descer até aos 15 metros, mas que salvou a honra do convento.
O ilhéu é uma pequena ilha vulcânica, classficada como Reserva Natural, sita a cerca de 500 metros da costa frente a Vila Franca do Campo. Revestida por vegetação endémica, o interior do ilhéu é uma piscina natural em forma de círculo, que comunica com o mar por uma entrada virada a Norte.
Trata-se, talvez, do maior atractivo natural do concelho, existindo um serviço regular de barco entre a Vila e o Ilhéu. O número de visitas diárias está limitado a 400 pessoas.
O local é excelente para fazer snorkel. As águas são calmas e muito limpas e cheias de vida: Vejas, Sargos, Salemas, Peixes balão, Polvos, Bodiões, Rascassos, Taínhas, Plombetas, Lírios, sei lá quantas espécies mais.
Foi no ilhéu que convenci a Marilia a tirar o curso de mergulho e que fiz os meus filhos alucinar. Num desses mergulhos, quando contemplava salemas e outros peixes junto a uma das golas da ilha, fui alertado aos berros pelos meus filhos.
Um imenso cardume de Lírios passava nas nossas costas a uma profundidade de pouco mais de um metro !!!!. Eram enormes, havia bichos com metro e meio, pelo menos. Não vi tão grandes nos mergulhos que fiz com escafandro.
O Manel desistiu com o frio, mas eu e o Afonso seguimos os Lírios até à parte mais funda do ilhéu (3 / 4 metros) e fomos rodeados pelos mesmos.
Horas mais tarde, numa segunda saída, voltamos a ver o cardume junto a uma das golas do ilhéu, local onde se faz sentir habitualmente uma forte corrente, que nos suga para dentro do buraco.
As golas têm ligação com o exterior do ilhéu, sendo possível fazer a travessia. Trata-se de verdadeiro “cave diving”, de elevado grau de dificuldade pelas fortes correntes e a reduzida largura dos canais.
Mas vejam o filme e, claro, logo que possam, vão aos Açores.
Um abraço a todos
Raul Cunha
Mergulhos? Ia com com ideias de fazer pelo menos uns 40, 2 por dia nos primeiros quinze dias e uns 10 nas duas semanas seguintes, estas últimas já sem a Marilia, mas na companhia dos meus três filhos.
Contudo, fiquei-me pelos 19, menos 6 do que em 2008. A Marilia fez 9. O tempo não ajudou na primeira quinzena e também comecei a fazer contas aos gastos. Aliás, estes demoveram-me de voltar este ano às Formigas e ao Dollabarat. Porém, o “preço” pago foi alto, pois os felizardos que foram tiveram um encontro com um tubarão baleia.
Mas pior do que o tempo incerto, foi o facto da minha 2º máquina Intova IC 500 ter ido à vida, isto logo no 2ºmergulho, pelo que fiquei com pouquissimos registos fotográficos e vídeos. Serviu de lição, basta de material foleiro, vou mesmo comprar uma máquina a sério. Esperem para ver!
Qualidade dos mergulhos? Bem, 4 semanas no mesmo local parecem dissipar dúvidas sobre o tema. Traços gerais, uma azul fabuloso (mesmo após uma chuvada e um mar tempestuoso), visibilidades estrondosas e, claro, biodiversidade. Pode-se ver de tudo, mas é quase certo, que no mais simples dos mergulhos, vamos encontrar Lírios, Enxaréus, Meros, Anchovas, Barracudas, Raias, Ratões, Moreias, Vejas, etc, etc.
A somar a tudo isto, há a simpatia da população local, as amizades feitas ao longo destes últimos anos, nomeadamente com o Carlos Paulos e toda a equipa do Espírito Azul, com o Srº Adelino, mergulhador da velha guarda, grande caçador submarino e dono da famosas Queijadas da Vila.
Um dia destes estendo-me em considerações sobre os locais de mergulho que conheci. Hoje, porém, quero falar-vos do Ilhéu de Vila Franca e partilhar convosco um video que fiz com a máquina da minha filha Maria, um aparelhómetro que só deve descer até aos 15 metros, mas que salvou a honra do convento.
O ilhéu é uma pequena ilha vulcânica, classficada como Reserva Natural, sita a cerca de 500 metros da costa frente a Vila Franca do Campo. Revestida por vegetação endémica, o interior do ilhéu é uma piscina natural em forma de círculo, que comunica com o mar por uma entrada virada a Norte.
Trata-se, talvez, do maior atractivo natural do concelho, existindo um serviço regular de barco entre a Vila e o Ilhéu. O número de visitas diárias está limitado a 400 pessoas.
O local é excelente para fazer snorkel. As águas são calmas e muito limpas e cheias de vida: Vejas, Sargos, Salemas, Peixes balão, Polvos, Bodiões, Rascassos, Taínhas, Plombetas, Lírios, sei lá quantas espécies mais.
Foi no ilhéu que convenci a Marilia a tirar o curso de mergulho e que fiz os meus filhos alucinar. Num desses mergulhos, quando contemplava salemas e outros peixes junto a uma das golas da ilha, fui alertado aos berros pelos meus filhos.
Um imenso cardume de Lírios passava nas nossas costas a uma profundidade de pouco mais de um metro !!!!. Eram enormes, havia bichos com metro e meio, pelo menos. Não vi tão grandes nos mergulhos que fiz com escafandro.
O Manel desistiu com o frio, mas eu e o Afonso seguimos os Lírios até à parte mais funda do ilhéu (3 / 4 metros) e fomos rodeados pelos mesmos.
Horas mais tarde, numa segunda saída, voltamos a ver o cardume junto a uma das golas do ilhéu, local onde se faz sentir habitualmente uma forte corrente, que nos suga para dentro do buraco.
As golas têm ligação com o exterior do ilhéu, sendo possível fazer a travessia. Trata-se de verdadeiro “cave diving”, de elevado grau de dificuldade pelas fortes correntes e a reduzida largura dos canais.
Mas vejam o filme e, claro, logo que possam, vão aos Açores.
Um abraço a todos
Raul Cunha
3 comentários:
Sortudo ... 4 Semanas no Paraiso .. dos Açores e o seu Fabulástico Azul/Verde.
Parabéns pelo excelente report, e por conseguires passar a paixão do mergulho a terceiros. Fico à espera dos shots da nova máquina.
Abraço
Agora estou ca eu.
... Ansioso pelo Formigao. Viste as imagens do Nelio do dia que não pudeste ir? Sem palavras.
Abraço
Miguel Palmeiro
Raul, o vídeo é exemplificativo das maravilhas que viste. Ficamos à espera do resultado das fotos da nova máquina.
Cumprimentos, Paulo e Sandra
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